matuto.zine
Zine confeccionado com relato de um estivador negro e pesquisa bibliográfica e ilustrações autorais realizadas pelo artista visual Gustavo Pereira (@pretodescolado)
O termo zine veio de fanzine, aglutinação de fan magazine, em outras expressões: “revista de fãs”. Tornando-se popular como um meio de divulgação de trabalhos artísticos, literários, musicais ou de qualquer outro tipo de cultura.
O processo de apagamento e silenciamento é normatizado na nossa contemporaneidade. Entre as disputas por outras narrativas é constante a tentativa de reverter o processo de apagamento das narrativas não oficiais. Para isso, tenho como produto o MATUTO ZINE ed.#1, pequena revista confeccionada manualmente com formato final disponível on-line no site OBJETOTRAJETO.
A ausência que faz produzir esta zine nem sempre é percebida, pois todo este cenário de desigualdade é encoberto pelo mito fundador ou o já reconhecido, no caso brasileiro, oficialmente como falácia da democracia racial durante a Conferência de Durban, África do Sul em 2001. Sendo esta falsa democracia que tem em sua essência discursos que intencionam forjar a aparência tranquila da igualdade, de que o racismo não existe mais e que todos têm as mesmas chances. O sujeito negro na comunicação brasileira por inumeras vezes foi esteriotipado de maneira problemática. Um discurso traiçoeiro e frágil diante da realidade da incidência cotidiana do racismo.
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